sábado, 14 de junho de 2014

DISCIPULADO CRISTÃO EDIFICADO A IGREJA DE CRISTO




DISCIPULADO CRISTÃO EDIFICADO A IGREJA DE CRISTO



TEXTO ÁUREO
De sorte que as igrejas eram confirmadas na fé, e cada dia cresciam em número ( At 16:5).

VERDADE APLICADA
O discipulado cristão é o dever da igreja de Cristo, é o dever de cada cristão como membro do corpo.
TEXTO BÁSICO Mt. 4.18-22 Mt. 28.18-20
18 E- Jesus, andando junto ao mar da Galiléia, viu a dois irmãos, Simão, chamado Pedro, e André, os quais lançavam as redes ao mar, porque eram pescadores;
19- E disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens.
20- Então eles, deixando logo as redes, seguiram-no.
21 -E, adiantando-se dali, viu outros dois irmãos, Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, num barco com seu pai, Zebedeu, consertando as redes;
22- E chamou-os; eles, deixando imediatamente o barco e seu pai, seguiram-no.

MT. 28.18-20

Mt 28:18 E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra.
Mt 28:19 Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;
Mt 28:20 Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém.



INTRODUÇÃO
Basta uma breve conversa com alguns Cristãos, logo já se percebe a fragilidade quanto ao seu entendimento acerca da sagrada escrituras, pensando sobre isso, nasceu em meu coração o desejo de comentar sobre esse tema. “Discipulado Cristão edificado a igreja de Cristo”. A nossa visão como igreja quanto esse assunto está equivocado, pois ele tem se resumido somente na preparação do novo crente que irá descer as águas. “Nessa revista iremos abordar alguns ensinamentos que se faz necessário lembrar aos eternos “Talmidim” Comentário Judaico” de Jesus.
Nessa primeira lição adentraremos há esse tema tentando levar você, meu querido irmão há uma reflexão quanto ao ser dever de igreja discipuladora, na igreja local e na sociedade, usaremos lições neotestamentaria que nos ajudará a entender melhor o nosso papel, dever e posição diante do mundo e dos santos. Bons estudos!
I-DEFINIDO O CONCEITO BÍBLICO DE DISCIPULO E DISCIPULADO CRISTÃO
A encicopledia da bíblia teologia e filosofia nos da a seguinte definição do que vem a ser  discípulo. A palavra discípulo do “latim disclpuios” que significa aluno, aprendiz A raiz verbal é discere, “ensinar”. A palavra grega, pendente é mathetés, de onde também se deriva palavra que significa “aprender”. O termo “hebraico” talmíd vem de “talmad aprender” conforme se vê em 1º Crônicas 25:8 quando o texto se refere aos alunos de musicas da escola de Jerusalém.  O talmíd (aluno) ou talmidim no contexto histórico, cultural judaico e bíblico do antigo testamente indicava aqueles que seguiam algum rabino especifico e a sua escola de pensamento (parafraseado).
O conceito bíblico de discípulo do novo testamento é a formação de pessoas que desejam seguir a Cristo e não há igreja, discípulo e discipulado são irmãs andam juntas. A definição de discipulado é ação de quem ensina junto a quem se dispõe a querer aprender, biblicamente os discípulos de Jesus não foram obrigados a serem discipulados por Jesus eles se dispôs a aprender seguindo-o ( Mt. 4. 18-22).  Cada crente precisa entender que ele é um discípulo de Cristo e que ele deve também desenvolver o papel de um discipulador na igreja local e no reino de Deus
II- A IGREJA LOCAL E O DISCIPULADO CRISTÃO

O êxodo de muitos crentes de igreja para igreja é freqüente, isso é lamentável mais é uma realidade vivenciada dia por após dia. Qual seria o problema?Seria a inconsistência no discipulado cristão? A igreja local deve entender que o grande problema é sim a inconsistência do discipulado cristão, isso envolve um todo começando da teoria a pratica de uma caminhada de servir em integridade daqueles que são responsáveis pelo rebanho do senhor (1º 5.1-2). É bem verdade também que o comportamento do irmão mais velho tem causado transtorno no meio da congregação, os chamados donos da igreja local que deveriam  serem discípuladores agem com comportamentos de filhos das trevas, pesado falar isso mais é a mais pura verdade, são  causadores de contendas lançado fora os neófitos na fé cristã.
É necessário que cada um de nós que fazemos parte do corpo de Cristo cumpramos aquilo que é bíblico, “portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo (Mt 28. 19 Nvi). Esse deve ser o papel de cada membro da igreja local  que verdadeiramente teve a sua vida transformada pelo Espírito Santo de Deus. Que nasceram  pela palavra Deus.
 O êxodo de muitos crentes que perambulam e de igreja para igreja só será resolvido quando o discipulado cristão for mais consistente em palavra (Bíblia) e em testemunho de vida na caminhada. A linguagem de cada cristão discipulador da igreja local deve ser bibliocentrica, seu viver em tudo deve haver a manifestação do Cristo ressurreto. O cristão discipulador da igreja local deve ser sal da terra para temperar e conservar, luz para brilhar e manifestar as sua obras (Mt. 5. 13-16). É valido lembrar a todos da igreja local que os discípulos não são nossos eles deve ser de Cristo. Pois quem morreu por eles foi Cristo, o nosso papel é um só discípulá-los para ele!

III-DESAFIOS DO DISCIPULADO CRISTÃO


A bíblia nos ordena que façamos discípulos, e todo salvo deve cumprir esse mandato que ecoa dos céus (Mt 28.19). Sabemos que não é uma tarefa fácil   grande é o desafio de  fazer discípulos, pois gera sacrifício. Termo discípulo tem sido  distorcido tem-se ensinada em nossas igrejas de maneira que foge daquilo que é o correto. Um grande exemplo a ser observado é propagado por nós em nossas reuniões, quando o camarada levanta as mãos já é o suficiente é só esperar o próximo batismo que começa um discipulado para orientá-lo a ser legalista, cumprir alguns ritos já é o bastante. Seria esse o discipulado bíblico que levaria  o neófito  a compreensão do que de fato é cristianismo? Claro que não! É ilógico pensarmos assim, talvez seja essa a razão de muitas pessoas fazerem parte de uma igreja, em que elas cantam pula rodopia, nada contra, porém não consegue perdoar, respeitar e amar o próximo.
É um desafio fazer esse comentário, mas é necessário, pois estamos vivendo uma realidade que se não despertarmos as pedras vai falar, a igreja deve se conscientizar do seu papel de discipuladora, e começar a mudar de postura quanto a esse assunto tão esquecido que é o discipulado Cristão. A igreja precisa encarar esse desafio com prazer, como Paulo tinha quando gerava almas como também discípulava as mesmas (Fm 1.8-11).

IV-DISCIPULADO CRISTÃO EDIFICANDO A IGREJA DE CRSITO

A igreja fundada por Cristo e protegida e pelo mesmo tem hoje a incumbência de dar continuidade o que ele começou pregar, pregar, e ele acrescentará os que haverão de ser salvos (At.2. 47). Enquanto Cristo salva o nosso papel é instruir, confirmando a fé de cada há uma pela palavra que é o nosso manual. O nosso papel é fortalecer os neófitos na fé mediante a palavra de Deus (At  16. 5).  Deve ser inculcado na mente de cada cristão que ele é um discípulo e discipulador no reino de Deus, tendo o seu papel de transmitir a sã doutrina ( 1º Tt. 2.1). Desenvolvendo Cristo em si e no seu próximo, deve ser o papel de cada discipulador nessa ultima hora da igreja na terra ( 1º 2. 18). Que cada igreja local venha ter a preocupação em fazer verdadeiros cidadãos da terra e também do céu, homens que pensam nas coisas do alto que vive para agradar aquém o alistou ( 2º Tm.  2.4).


CONCLUSÃO

Discípular é uma árdua tarefa que cristo incumbiu à igreja, sabendo ele que não seria fácil deixou-nos uma linda mensagem de encorajamento “e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos( Mt 28. 20part b)”. Temos o mestre do nosso lando ,vamos avante ensinando todos quanto desejam aprender das sagradas escrituras. 


segunda-feira, 25 de novembro de 2013

A causa "mortis" de Jesus segundo um parecer Médico

A causa "mortis" de Jesus segundo um parecer Médico

O Doutor Barbet, médico-cirurgião Francês e professor, e que por treze anos viveu em companhia de cadáveres e durante toda sua carreira estudou Anatomia, escreve sobre a morte de Jesus cuja agonia começou no Getsemani.O suar  san-gue "hematidrose", é um fenômeno raro produzido sob condições  excepcionais. Para provocá-lo é preciso fraqueza física acompanhada de abatimento moral vio-lento causado por violenta emoção e grande medo.
O terror e a angústia de sentir-se carregando todos os pecados dos homens devem ter produzido tal tensão ocasionando o rompimento das finíssimas veias capilares que estão sob as glândulas sudoríparas. O sangue mistura-se ao suor e se concentra na pele e então escorre por todo o corpo; fato relatado num único evangelho cujo autor era médico (Lucas).
Após Jesus ser enviado a Pilatos, ter sido por este julgado e condenado, ini-cia-se a mais sangrenta e cruenta de suas flagelações.O flagelo era executado com tiras de couros sobre as quais eram feito nós nas pontas ou fixado pequenos pedaços de ossos ou chumbo. Os carrascos iniciam o ato; a pele se dilacera e se rompe, o sangue espirra. A cada golpe Jesus reage num sobressalto de dor. As forças se esvaem, o suor frio desce pela face, a cabeça gira em uma vertigem de náusea, calafrios lhe correm ao longo das costas. Se não estivesse preso no alto pelos pulsos, cairia numa poça de sangue.
Com longos espinhos, os algozes tecem uma espécie de capacete e o apli-cam sobre sua cabeça. Os espinhos penetram o couro cabeludo fazendo-o san-grar. Pilatos após mostrar este homem dilacerado à multidão, o entrega para ser crucificado.
É colocado sobre os ombros de Jesus o braço horizontal da cruz, com um peso de cerca de cinquenta quilos. A outra estaca vertical já está no calvário. Je-sus vai caminhando com os pés descalços pelas ruas de terreno irregular cheio de pequenas pedras. O percurso é de cerca de seiscentos metros, Jesus fatigado arrasta um pé após outro e freqüentemente cai sobre os joelhos. Seus ombros estão cobertos de chagas e quando cai por terra a viga lhe escapa e escorrega pelo dorso esfolando-o.
Chegando ao Calvário os Soldados despojam-no de suas vestes, porém, sua túnica está colada nas chagas e tirá-la produz uma dor atroz - quem já tirou uma atadura de gases de uma ferida sabe que cada fio do tecido adere à carne viva. Ao tirarem a túnica, se laceram as terminações nervosas postas em descoberto pelas chagas.Os carrascos dão um puxão violento e o sangue começa a escorrer. Jesus é deitado de costas, suas chagas se incrustam de pedregulhos, depositam-no sobre o braço horizontal da Cruz.
Os carrascos pegam um longo prego pontiagudo e quadrado, apóiam sobre o pulso de Jesus e com golpes de martelo o plantam e rebatem sobre a madeira. O rosto de Jesus se contrai assustadoramente. O nervo Mediano foi lesado, uma dor aguda se difunde pelos dedos e espalha-se pelos ombros, atingindo o cérebro. A dor mais insuportável que um homem pode provar, pois, é provocada uma Sin-cope, lesão dos grandes troncos nervosos, e faz perder a consciência, o que não ocorre com Jesus.

O nervo é destruído só em parte, a lesão do tronco nervoso permanece em contato com o prego. Quando o corpo for suspenso pela Cruz, o nervo se esticará como uma corda de violino, e a cada movimento ou solavanco, vibrará desper-tando dores dilacerantes. As pontas cortantes da grande coroa de espinhos pene-tram no crânio e a cabeça inclina-se para frente em razão da coroa ter um diâme-tro que impede de apoiar-se na madeira; pregam-lhe os pés.
Ao meio dia Jesus tem sede, pois não bebeu desde a tarde anterior. Seu corpo torna-se numa máscara de sangue, a garganta seca lhe queima, mas não pode engolir. Um soldado lhe estende numa ponta de uma vara uma esponja em-bebida numa bebida ácida.Um fenômeno ocorre no corpo de Jesus: os músculos dos braços se enrijecem em uma contração que vai se acentuando, os deltóides, os bíceps esticados são levantados, os dedos de curvam.
É semelhante a alguém ferido de tétano ao que os médicos c chamam de tetania, pois os sintomas se generalizam. A respiração vai se fazendo pouco mais curta, o ar entra com um sibilo, mas não consegue mais sair. Jesus respira com o ápice dos pulmões. Tem sede de ar semelhante a um asmático em plena crise, seu rosto pálido pouco a pouco torna-se vermelho, transformando logo após num violeta purpúreo e, enfim, cianótico.
Jesus é envolvido pela asfixia. Os pulmões cheios de ar não podem mais se esvaziar. A fronte cheia de suor e os olhos saem fora da órbita. Lentamente com um esforço sobre humano, Ele toma um ponto de apoio sobre o prego nos pés, esforça-se a pequenos golpes e se eleva aliviando a tração dos braços. Os mús-culos do tórax se distendem, a respiração torna-se mais ampla e profunda, os pulmões se esvaziam e o rosto recupera a palidez inicial.
Por que este esforço? Porque Ele queria falar. "Pai perdoa-lhes, pois não sa-bem o que fazem". Logo após o corpo começa a afrouxar-se de novo e a asfixia recomeça. Cada vez que quer falar,deverá elevar-se tendo como apoio o prego dos pés. A temperatura diminui: já são quase três horas de torturas e quase três da tarde.Todas as sus dores, a sede, as cãibras, a asfixia, o latejar dos nervos medianos lhe arrancam um lamento: "Deus meu, Deus meu, por que me desam-paraste? E por fim diz: “Está consumado”. E num grande brado diz: “Pai, nas tuas mãos Eu entrego o meu Espitrito e morre no meu e no seu lugar”.
"Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça mas tenha a vida eterna." 

João 3:16

  




sábado, 6 de julho de 2013

A Inigualável Paixão de Jesus Cristo



A Inigualável Paixão de Jesus Cristo
por
John Piper



Se os cristãos não fossem tão familiarizados com estas coisas, devido aos 2000 anos de tradição e liturgia, eles poderiam sentir quão absolutamente improvável seria que a morte de Jesus se tornasse a base de uma fé mundialmente transformadora. Como poderia um convicto, condenado e executado pretendente ao trono de Roma desencadear, nos três séculos seguintes, um poder para sofrer e para amar, que modelaria o império?
A resposta cristã é que a paixão de Jesus Cristo foi absolutamente única, e sua ressurreição dentre os mortos, três dias após, foi um ato de Deus para confirmar o que sua morte consumou. A singularidade não está necessariamente no tamanho ou intensidade da dor física. Ela foi inefavelmente terrível. Mas eu não gostaria de minimizar os horrores de outros que também morreram horrivelmente. A singularidade descansa em outro lugar.

Divindade Inigualável

A paixão de Jesus Cristo foi única porque ele era único. Quando perguntado “És tu o Cristo [=Messias], Filho do Deus Bendito[=Deus]?”, Jesus disse “Eu sou”. Era uma afirmação quase inacreditável. Esperava-se que o Messias fosse poderoso e glorioso. Mas ali estava Jesus, pronto para ser crucificado, dizendo abertamente o que ele freqüentemente apontava durante seu ministério: Eu sou o Messias, o Rei de Israel . Ele falou abertamente no exato momento em que havia menos chances de ser acreditado. E então, ele adiciona palavras que explicam como um Cristo crucificado reinaria como Rei de Israel: “Vereis o Filho do homem assentado à direita do poder de Deus, e vindo sobre as nuvens do céu” (Marcos 14.62). Em outras palavras, ele espera reinar à direita de Deus e algum dia voltar à Terra em glória.
Ele era mais que um mero homem. Não menos. Ele era, como o antigo Credo de Nicéia diz: “verdadeiro Deus de verdadeiro Deus”. Cristo existia antes da criação. Ele é co-eterno com Deus o Pai. Ele não foi criado. Não houve um ponto quando ele não existia. Desde a eternidade, antes do princípio dos séculos, Deus existe com uma essência divina em três Pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo. Este é o testemunho daqueles que o conheciam e escreveram textos inspirados por Ele para explicar quem Ele é.
Por exemplo, o apóstolo João refere-se a Cristo como o “Verbo” e escreve:
No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez... E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade. (João 1.1-3,14)
O próprio Jesus disse coisas que só fazem sentido se ele fosse ao mesmo tempo Deus e homem. Por exemplo, ele perdoou pecados: “Filho, perdoados estão os teus pecados” (Marcos 2.5). Este tipo de atitude foi o que finalmente o matou. A resposta furiosa era compreensível: “Por que diz este assim blasfêmias? Quem pode perdoar pecados, senão Deus?” (Marcos 2.7).
É uma reação compreensível. C.S. Lewis, o professor britânico que escreveu clássicos infantis e excelentes defesas do Cristianismo, explica: “Se alguém me rouba dois quilos numa balança, pode ser possível e é razoável para eu dizer: ‘Bem, eu perdôo ele, nós não falaremos mais sobre isso'. O que você diria, se alguém tivesse roubado de você os dois quilos, e eu dissesse: ‘Está tudo bem. Eu o perdôo'?” [1] . Pecado é pecado porque é contra Deus. Se Jesus não era um lunático, então ele perdoou pecados contra Deus porque ele era Deus.
Isto é o que suas palavras e ações apontavam. Uma vez ele disse: “Eu e o Pai somos um”, o que quase o levou a ser apedrejado (João 10.30-31). Em outra ocasião, ele diz: “antes que Abraão existisse, Eu sou” (João 8.58). As palavras “Eu sou” não sinalizam apenas sua existência antes de Abraão, que viveu 2000 anos antes, mas também se referem ao nome que Deus deu a si mesmo no Antigo Testamento. “E disse Deus a Moisés: EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós” (Êxodo 3.14).
Jesus previu sua própria traição como se soubesse o futuro tanto quanto o passado, e então explicou o que isto significava com outra afirmação assustadora: “Desde agora vo-lo digo, antes que aconteça, para que, quando acontecer, acrediteis que Eu sou” (João 13.19). Jesus era o “EU SOU” – o Deus de Israel, o Senhor do Universo em forma humana. Este é o porquê a sua paixão é sem paralelos. Somente a morte do divino Filho de Deus poderia consumar o que Deus pretendia fazer por esta morte.


Inocência Inigualável
A paixão de Cristo também foi única porque ele era totalmente inocente. Não apenas inocente dos crimes de blasfêmia e rebelião, mas de todo pecado. Ele perguntou certa vez aos seus inimigos: “Quem dentre vós me convence de pecado?” (João 8.46). O que quer que pensassem, eles sabiam que não havia nada contra Jesus. Seu discípulo, Pedro, que sabia seu próprio pecado tão bem, disse que a morte de Jesus foi a morte “de um cordeiro imaculado e incontaminado” (1 Pedro 1.19). A recusa de Jesus em lutar contra a forma como ele foi injustamente condenado e morto fortaleceu a convicção de seus seguidores de que ele era sem pecado.
Pedro expressou isto depois: “O qual não cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano. O qual, quando o injuriavam, não injuriava, e quando padecia não ameaçava, mas entregava-se àquele que julga justamente” (1 Pedro 2.22-23). A razão da morte de Jesus levar todos os sacrifícios judaicos de animais a um fim é que ele se tornou o próprio sacrifício definitivo e “se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus” (Hebreus 9.14). Sua morte foi inigualável porque ele não tinha pecado.


Desígnio Inigualável

A paixão de Cristo foi sem paralelos na história humana porque ela foi planejada e predestinada por Deus, para nossa salvação. Apesar de toda a controvérsia sobre quem realmente matou Jesus, a verdade mais profunda é: Foi Deus quem planejou e viu o que iria acontecer. Quando os terríveis eventos aconteciam na noite antes dele morrer, Jesus disse, “Tudo isto aconteceu para que se cumpram as escrituras dos profetas” (Mateus 26.56). Todos os detalhes, desde o fato de terem lançado sortes por suas vestes (João 19.24) e ser perfurado por uma lança, ao contrário de quebrarem suas pernas (João 19.36) – tudo isto foi planejado pelo Pai e predito nas Escrituras.
A igreja primitiva resumiu isto em sua pregação: “Porque verdadeiramente contra o teu santo Filho Jesus, que tu ungiste, se ajuntaram, não só Herodes, mas Pôncio Pilatos, com os gentios e os povos de Israel; para fazerem tudo o que a tua mão e o teu conselho tinham anteriormente determinado que se havia de fazer” (Atos 4.27-28). A verdade de que Deus enviou seu Filho para morrer é central ao cristianismo. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3.16). A morte de Jesus foi única porque havia um único Filho e um único plano divino para salvação.


Autoridade Inigualável na Morte
A paixão de Cristo foi única também porque Jesus não somente se submeteu desejosamente ao plano de seu Pai (“Pai, se queres, passa de mim este cálice; todavia não se faça a minha vontade, mas a tua” Lucas 22.42); ele também o abraçou e prosseguiu por sua própria autoridade divina. Uma das mais emocionantes palavras ditas por Jesus foi sobre sua morte e ressurreição: “Por isto o Pai me ama, porque dou a minha vida para tornar a tomá-la. Ninguém ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou; tenho poder para a dar, e poder para tornar a tomá-la. Este mandamento recebi de meu Pai” (João 10.17-18). Ninguém jamais falou sobre sua vida e morte desta forma. O grande testemunho do Novo Testamento é que a controvérsia sobre quem matou Jesus é irrelevante. Ele escolheu morrer. Seu Pai ordenou. Ele aceitou. Um ordenou todas as coisas, o outro obedeceu. A autoridade estava nas mãos de Deus. E estava nas mãos de Jesus. Porque Jesus é Deus.


Significado Inigualável para o Mundo

Finalmente, a paixão de Cristo foi inigualável porque foi acompanhada de eventos únicos, cheios de significado para o mundo. Primeiro, temos as palavras de incomparável amor e autoridade na cruz. Nenhum homem crucificado, morrendo em agonia, falaria como Cristo. Um dos ladrões, que estava crucificado com Jesus, finalmente arrependeu-se e disse, desesperadamente: “Senhor, lembra-te de mim quando entrares no teu reino”. Que momento para ver um reino ser estabelecido! Jesus não o corrigiu. Ao contrário, ele disse “Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso” (Lucas 23.43). Esta era a voz de quem decide onde os ladrões passarão a eternidade.
O ladrão não foi o único que recebeu a misericórdia de Cristo enquanto ele morria. Jesus olhou para aqueles que o crucificaram e disse “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lucas 23.34). Eles poderiam fazê-lo sangrar e gritar, mas não poderiam fazê-lo odiar.
E quando o momento de sua morte estava próximo, Jesus gritou “Está consumado!” e, inclinando a cabeça, entregou o espírito (João 19.30). Com essas palavras, ele quis dizer mais que “minha vida acabou”. Ele quis dizer “cumpri plenamente o trabalho redentor que meu Pai me enviou para fazer”. Uma vida inteira de obediência imaculada a Deus, seguida de um sofrimento horrendo e morte – o motivo pelo qual ele veio. Estava consumado.
O significado do que ele consumou foi simbolizado por um surpreendente evento em Jerusalém. No lugar santíssimo do templo judeu, onde somente o sumo-sacerdote poderia ir e encontrar Deus uma vez por ano, a cortina se rasgou quando Jesus morreu. “E Jesus, clamando outra vez com grande voz, rendeu o espírito. E eis que o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo” (Mateus 27.50-51). O significado disto: quando Jesus morreu – quando sua carne foi rasgada – Deus rasgou (de alto a baixo) a cortina que separava as pessoas ordinárias de Si mesmo. A morte de Jesus abriu o caminho para o mundo ter uma íntima, santa, pessoal, perdoada e alegre comunhão com Deus. Nenhum mediador humano é necessário. Jesus abriu o caminho para o acesso direto a Deus. Ele se tornou o único Mediador necessário entre os homens e Deus. A igreja primitiva disse “Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou, pelo véu, isto é, pela sua carne... Cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé”. (Hebreus 10.19-22).


Cumprimento Inigualável

O trabalho de redenção foi terminado. O preço da reconciliação entre Deus e o homem foi pago. Agora somente restava a Deus confirmar a consumação ressuscitando Jesus dos mortos. Esta é a forma que Jesus predisse e planejou. Mais de uma vez, ele disse: “Eis que subimos a Jerusalém, e se cumprirá no Filho do homem tudo o que pelos profetas foi escrito; pois há de ser entregue aos gentios, e escarnecido, injuriado e cuspido; e, havendo-o açoitado, o matarão; e ao terceiro dia ressuscitará” (Lucas 18.31-33).
Aconteceu três dias depois (partes de dias são consideradas como dias: Sexta, Sábado e Domingo). No começo da manhã de domingo ele se levantou dos mortos. Por quarenta dias apareceu numerosas vezes aos discípulos antes de sua ascensão ao céu. O médico Lucas, que escreveu o livro que leva seu nome, disse que “Aos quais também, depois de ter padecido, se apresentou vivo, com muitas e infalíveis provas, sendo visto por eles por espaço de quarenta dias, e falando das coisas concernentes ao reino de Deus” (Atos 1.3).
Os discípulos demoraram a crer no que realmente havia acontecido. Não havia precedentes. Eles eram pescadores terrenos. Eles sabiam que pessoas não se levantam dos mortos. Ao ponto de Jesus insistir em comer peixe para provar-lhes que não era um fantasma.
“Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e vede, pois um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho. E, dizendo isto, mostrou-lhes as mãos e os pés. E, não o crendo eles ainda por causa da alegria, e estando maravilhados, disse-lhes: Tendes aqui alguma coisa que comer? Então eles apresentaram-lhe parte de um peixe assado, e um favo de mel; o que ele tomou, e comeu diante deles.” (Lucas 24.39-43).
Não foi a ressurreição de um cadáver. Foi a ressurreição do Deus-Homem, para uma indestrutível nova vida de majestade à destra de Deus. A igreja primitiva o aclamou como Senhor do Céu e da Terra. Eles diziam “Havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da majestade nas alturas” (Hebreus 1.3). Jesus terminou o trabalho inigualável que Deus lhe deu para fazer, e a ressurreição foi a prova de que Deus ficou satisfeito.
NOTAS:
[1] - C. S. Lewis, “What Are We to Make of Jesus Christ?” em C. S. Lewis: Essay Collection and Other Short Pieces, ed. Lesley Walmsley (London : HarperCollins, 2000), 39.